Última atualização: Evolução dos ecossistemas digitais: um fator impactante para os resultados.

Evolução dos ecossistemas digitais: um fator impactante para os resultados.

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Uma crise que parece não ter fim aprofundou as imensas lacunas existentes entre as empresas nativas digitais e as organizações paradas no tempo. Praticamente de um dia para o outro muita gente grande teve que se reinventar para seguir em frente, competindo com gigantes que já estavam em um estágio mais avançado da transformação digital. Algumas, bem mais à frente, inseridas em ecossistemas digitais que parecem dominar o mundo dos negócios.

Os ecossistemas digitais não nasceram ontem, mas sua evolução acelerada nos últimos tempos marca uma importante transição na economia global. Os antigos modelos baseados em competição, isolamento e exclusão passam a ser substituídos por processos colaborativos e integrados, onde o compartilhamento de dados e de expertise favorece o todo. Quanto maiores são os ecossistemas, com a participação de mais empresas e a oferta de experiências e soluções personalizadas aos clientes, mais os resultados aparecem.

O avanço desse modelo de negócios representa uma das mudanças mais disruptivas que a tecnologia digital permitiu. Enquanto os atrasados tentam entender como tudo isso funciona e qual o seu impacto para os resultados, os que saíram na frente já experimentam aquela sensação de vitória tão esperada.  Quem não quer?

Olhe ao seu redor e verá as novas estruturas digitais derrubando as barreiras da indústria, abrindo caminhos para produtos e serviços multifuncionais e mesclando mercados anteriormente segregados. Ganhando grande escala ao colocar os clientes no centro de sua atividade digital, líderes de ecossistemas como Apple e Tencent capturaram um valor que era difícil de imaginar há uma década.” Martin Hirt, líder de Estratégia Global e Prática de Finanças Corporativas da McKinsey.

É tudo com base em tecnologia, mas é muito além da tecnologia. O princípio de tudo é colocar o foco no cliente e criar uma estrutura hiperconectada que permita obter e analisar dados sobre as suas necessidades. Ou, como afirma a McKinsey: ¨os ecossistemas digitais têm sucesso em grande parte devido à capacidade crescente de dados e análises de transformar informações díspares sobre os desejos e comportamento imediatos do consumidor em percepções sobre as suas necessidades mais amplas”.

 

O report “How do Companies Create Value from Digital Ecosystems”, da McKinsey, traz insights bem interessantes:

  • Nossas pesquisas globais de opinião do consumidor indicam que o aumento nas vendas online continuará até certo ponto, mesmo depois que a crise passar, e que 71% dos consumidores estão prontos para ofertas integradas do ecossistema.
  • As interações entre empresas também estão mudando. Por exemplo, em abril de 2020, nos EUA, 80% das equipes de vendas B2B mudaram para o trabalho remoto e as empresas classificaram as interações habilitadas digitalmente com clientes B2B como sendo duas vezes mais importantes do que os métodos tradicionais. Aumento de 30% em relação ao início da crise.
  • A maioria das empresas globais agora está considerando ativamente o modelo de negócios do ecossistema, dado seu potencial de geração de valor: crescimento do negócio principal, expansão da rede e do portfólio e geração de receitas de novos produtos e serviços.
  • A economia de rede integrada pode representar um pool de receita global de US $60 trilhões em 2025, com um aumento potencial na participação total da economia de cerca de 1 a 2% hoje para aproximadamente 30% em 2025.
  • As empresas líderes estão oferecendo cada vez mais um conjunto interconectado de serviços – do Alibaba oferecendo um amplo ecossistema de serviços de estilo de vida (incluindo varejo, pagamentos, pontuação de crédito), à Apple lançando um AppleCard com Goldman Sachs (expandindo no ApplePay) e BMW / Daimler criando um ecossistema de mobilidade compartilhada com uma série de startups (Car2Go, moovel, Mytaxi) sob a marca Your Now.

 

As possibilidades parecem infinitas e o porte desses ecossistemas gigantes pode assustar os que estão chegando agora a esse “admirável mundo novo”, porém não desconhecido. Até porque, como consumidores, já experimentamos o poder das suas conexões.

Toda a pressão dos últimos tempos levou uma grande parte dos negócios para o mundo digital, seguindo a jornada dos clientes, B2B e B2C, que mudou para lá quase num passe de mágica. Mas nem todos conseguiram avançar no processo de integrar os negócios a um ecossistema, o que certamente tem o poder de alavancar os resultados. A grande questão é como fazer.

“As empresas devem investir na criação de seu próprio business bus, que as tornará ágeis o suficiente para se conectar a qualquer ecossistema digital. O maior requisito é uma mudança de mentalidade. As empresas devem se considerar artistas, tendo o atendimento ao cliente como sua tela. O que torna esta pintura fabulosa em comparação com aquela? Não é o fato de usar tinta melhor; é como eles montaram. Todo mundo vai trabalhar com as mesmas peças e componentes. É como você os junta que o torna único.” Charles Araujo, fundador do Institute for Digital Transformation.

 

À medida que observamos a crescente evolução dos ecossistemas digitais, fica ainda mais evidente a forma como eles impactam os resultados e agregam valor. São muitos os seus benefícios, mas pelo menos três aspectos se destacam:

  • Novas fontes de receita.

A integração consolidada dos ecossistemas permite rastrear e analisar dados que fluem pelos negócios e fornecem elementos para criar novos produtos e serviços.  Ela não apenas fortalece a geração de receita, como também cria serviços de valor agregado para novos fluxos de receita. O acesso a novos mercados também representa uma contribuição significativa para os resultados.

  • Economias de custos mensuráveis.

A integração resulta em negócios aprimorados, com maior eficiência do fluxo de trabalho, melhor relacionamento com clientes e parceiros e redução de custos operacionais devido aos processos de dados automatizados e à eficiência em todo o negócio.

  • Maior velocidade de adoção de tecnologias.

A integração permite que as empresas adotem as novas tecnologias que seriam inviáveis para alguns negócios. Com os parceiros certos, as empresas podem por exemplo aproveitar as vantagens de serviços em nuvem modernos e soluções SaaS, em vez de confiar em softwares legados desatualizados que não conseguem acompanhar o ritmo atual dos negócios.

 

Diante de todas essas evidências você pode até acreditar que dá para continuar nadando sozinho nesse mar de oportunidades. Mas talvez o seu fôlego não seja suficiente para chegar do lado de lá.  Pense nos recursos de tecnologia necessários para competir em um mercado dominado por startups inovadoras que logo se tornam ecossistemas gigantes e no seu poder global de avançar ainda mais.  Aqueles que enxergaram o tamanho do desafio já estão buscando os parceiros certos para participar desse movimento transformador. Tem certeza de que você vai ficar aí parado no tempo?

 

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