Última atualização: Como o cenário das compras online mudou com a pandemia

Como o cenário das compras online mudou com a pandemia

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Não é novidade que o ano de 2020 entrou para a história como um dos períodos mais desafiadores para as compras online, principalmente para varejistas que tiveram que migrar, com urgência, para o digital.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae, em 2020, e divulgada pelo portal Mercado e Consumo, apesar do impacto negativo para quase 88% dos empresários, alguns segmentos mais afetados pela crise conseguiram equilibrar o fluxo de caixa. O levantamento, que ouviu 6.080 empreendedores de todo o país, estima que 400 mil pequenos negócios tiveram aumento médio de 47% na receita.

A pandemia e seus efeitos trouxeram modificações que podem se manter permanentemente no estilo de vida de consumidores e, até mesmo, no formato de negócio das empresas. As maiores mudanças realizadas em cada comércio, segundo aponta o estudo, estão relacionadas com a rotina de trabalho, que teve diversas alterações em cada Estado, e com a maneira que o produto ou serviço são fornecidos. Além disso, criou-se uma cobrança mais expressiva sobre o desempenho do e-commerce brasileiro, visto que 80% dos consumidores afirmaram que suas expectativas aumentaram, após provas de readaptação do setor para oferecer novos serviços.

Obrigatoriamente, tanto as compras sem contato, quanto os pagamentos ágeis (aproximação, pix, entre outros), tornaram-se populares. Isso mostra que algumas tendências desencadeadas pela Covid-19 continuarão com força nos próximos anos, principalmente em solo brasileiro, onde a pandemia ainda está instaurada.

Atualmente, é difícil encontrar uma pessoa que se sinta segura ao sair para compras. Seja no mercado ou em um shopping com restrições. As lojas têm se tornado ainda mais dispensáveis, trazendo a necessidade, para empresários, de construir um marketplace efetivo na internet, com o objetivo de vender e cativar o público. E isso, mais do que nunca, precisa ter um fator de impulsão para uma rede ainda maior de pessoas.

O marketing como principal aliado ao desempenho das empresas

A sensibilidade em relação às dificuldades financeiras que tantos consumidores e varejistas estão enfrentando fez com o que os investimentos em vendas e marketing dessem um salto nas estratégias das empresas. As maiores do mercado se reinventaram. Empresas de entrega de produtos e alimentos anunciaram deliveries próprios.

Alguns deles, inclusive, que antes levavam 5 dias para entregar uma compra, passaram a oferecer a oportunidade do cliente receber o que quer no mesmo dia.

Além disso, as mídias sociais, durante a pandemia, tiveram um salto expressivo e inovador. Empresas como o Instagram e Facebook se tornaram – ainda mais – dominantes deste mercado, maximizando os lucros e funcionando, basicamente, como a melhor vitrine para os negócios. Isso sem falar de redes sociais que emergiram de forma desenfreada, como o  TikTok, que tem se tornado uma grande plataforma para todos os tipos de empresários. Estas, passaram a ser utilizadas por meio de vendas dentro dos Apps ou, simplesmente, divulgando o que têm a oferecer de uma forma criativa e inovadora.

De acordo com pesquisa realizada pela Hootsuite, 73% dos profissionais de marketing afirmaram ter um aumento no número de clientes, em 2021, graças às redes sociais.

E isso tudo em comparação com o ano passado. Essa reinvenção e engajamento surgiu dentro da necessidade, onde diversas marcas se viram obrigadas a migrar o próprio negócio para o online, seja no e-commerce, seja por meio de aplicativos de mensagens ou outros canais digitais que, com um planejamento efetivo, acabaram se tornando uma forma de retorno expressivo.

Mas, basicamente, por que algumas empresas conseguiram expandir seus negócios sem limites, se reinventando e criando o que precisavam rapidamente, além de ter simplificado os processos de compra e transformado os clientes do comércio eletrônico em defensores da marca? A resposta é mais simples do que parece: paciência.

Paciência para encurtar distâncias do Marketplace de forma efetiva

A não ser que sua empresa seja o Magazine Luiza que, ao entrar no Tik Tok, ganhou 1,5 milhão de seguidores de forma rápida (grande parte, devido à credibilidade da empresa), e entrou em diversas Trends, impulsionando as vendas e se destacando perante a concorrência, você precisa ter consistência e paciência. No mercado, vemos empresas trazendo excelentes soluções de e-commerce para pequenos e médios empresários, além de soluções de vendas, para maximizar os ganhos, proporcionando melhores experiências, e sem falar no pós-atendimento, que é tão importante quanto. Mas nada disso vai fazer com que o seu consumidor compre sozinho se ele não for instigado desde o momento que conhecer o seu produto ou serviço.

E isso acontece mais do que você imagina. Muitas empresas acabam tão focadas em vender de forma rápida, para suprir os gastos que não param de aumentar, além das contas atrasadas que não pararam de chegar durante a pandemia, que acabam apresentando um marketing muitas vezes espalhafatoso. Aquele que pouca gente se interessa, escuta e, muito menos, engaja.

Ninguém pode contar com a sorte de viralizar. Até porque ela não é sorte. Em 90% dos casos está relacionada à consistência e à paciência para ver o retorno chegar, de fato, após alguns meses de investidas (seja de tempo ou dinheiro). Mas é possível vermos diversos perfis sendo criados nas redes, com muita informação ao mesmo tempo, de forma desorganizada, espantando o cliente. As vezes ele é bombardeado com tantas coisas que acaba não encontrando nem ao menos o contato do local. Ou, até mesmo, perde a vontade de encontrá-lo.

É possível observar de forma clara quando uma empresa faz o marketing ideal… para ela. Como se ela – somente – fosse o público final, sem entender de fato as reais necessidades do seu cliente e como a companhia pode se engajar e mobilizar para solucionar essa angústia do consumidor. As empresas que entenderam isso de forma rápida ao migrar para o e-commerce, conseguiram virar o jogo de forma gradual.

Para grandes empreendedores, há uma necessidade urgente de atender ao aumento maciço das compras online e ao alto volume de devoluções na loja física. São os vários motivos pelos quais esta emergência, durante a pandemia, está sendo chamada de “o grande recomeçar”.

E isso se inicia pela possibilidade de encurtar as distâncias na venda, entendendo que é necessário investir em treinamento, capacitação e eleger os colaboradores mais engajados.

Outro caminho que chegou para ficar é a compreensão maior de prazos que beneficiem toda a cadeia de varejo. Se tornou ainda mais essencial a negociação com fornecedores, economia de custos, reavaliar estoque e, até mesmo, rever impostos. Além disso, claro, a maior tendência é o home-office e flexibilização de horários – que em 2021 já se tornou praticamente o novo normal para uma parte da população.

Os desafios para os varejistas, daqui pra frente, são inúmeros. Porém, as oportunidades  não param se surgir. Sejam estas por meio de novas plataformas de divulgação ou, até mesmo, uma ou outra ferramenta que é disponibilizada às marcas, constantemente. Para entrar de vez no fluxo da readequação e ter retornos graduais, é necessário, também, analisar cada negócio de forma personalizada, estudando os cenários que se adequam a cada modelo e, assim, fazer o melhor encaixe de estratégias, a fim de proporcionar um desempenho surpreendente.

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